ATA DA CENTÉSIMA SEGUNDA SESSÃO ORDINÁRIA DA QUARTA
SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA QUINTA LEGISLATURA, EM 18-10-2012.
Aos dezoito dias do mês de outubro do ano de dois mil e
doze, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara
Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas e quinze minutos, foi realizada a
segunda chamada, respondida pelos vereadores Adeli
Sell, Bernardino Vendruscolo, DJ Cassiá, Elói Guimarães, Fernanda Melchionna,
Haroldo de Souza, João Antonio Dib, José Freitas, Kevin Krieger, Paulinho Rubem
Berta, Pedro Ruas e Toni Proença. Constatada
a existência de quórum, o senhor Presidente declarou abertos os trabalhos.
Ainda, durante a Sessão, compareceram os vereadores Dr. Goulart, Elias Vidal, Engenheiro Comassetto, Idenir Cecchim,
João Carlos Nedel, Luciano Marcantônio, Luiz Braz, Márcio Bins Ely, Mario
Manfro, Mauro Pinheiro, Nelcir Tessaro, Professor Garcia, Sebastião Melo,
Tarciso Flecha Negra, Valter Nagelstein e Waldir Canal. A seguir, foi apregoado o Memorando nº
039/12, de autoria do vereador Airto Ferronato, deferido pelo senhor
Presidente, solicitando autorização para representar externamente este
Legislativo, hoje, no 1º Fórum Itinerante de Resíduos Sólidos e Design do Rio
Grande do Sul, na Federação das Indústrias do Estado Rio Grande do Sul – FIERGS
–, às quatorze horas, em Porto Alegre. Do EXPEDIENTE, constaram Ofícios do
Fundo Nacional de Saúde do Ministério da Saúde, emitidos nos dias vinte e três
e trinta e um de agosto do corrente. Durante a Sessão, deixaram de ser votadas
as Atas da Octogésima Nona, Nonagésima e Nonagésima Primeira Sessões Ordinárias
e da Décima Oitava Sessão Extraordinária. Após, o senhor Presidente declarou
empossado na vereança o suplente Luciano Marcantônio, em substituição ao vereador
João Bosco Vaz, licenciado para assumir o cargo público de Secretário Municipal
Extraordinário para a Copa 2014. Na ocasião, foi apregoada Declaração firmada
pelo vereador Márcio Bins Ely, Vice-Líder da Bancada do PDT, informando o
impedimento do suplente Nereu D’Avila em assumir a vereança no dia de hoje, em
substituição ao Vereador João Bosco Vaz. Em COMUNICAÇÕES, pronunciaram-se os
vereadores Adeli Sell, José Freitas, Bernardino Vendruscolo e Luciano
Marcantônio, este em tempo cedido pelo vereador Beto Moesch. Em COMUNICAÇÃO DE
LÍDER, pronunciaram-se os vereadores Idenir Cecchim, Engenheiro Comassetto,
João Antonio Dib, Engenheiro Comassetto e João Antonio Dib. Em PAUTA, Discussão
Preliminar, estiveram: em 1ª Sessão, o Projeto de Lei do Legislativo nº 109/12;
em 2ª Sessão, os Projetos de Lei do Legislativo nos 148 e 153/12,
este discutido pelo vereador Paulinho Rubem Berta, e os Projetos de Lei do
Executivo nos 039 e 040/12. Após, a senhora Presidente informou a
alteração na ordem dos trabalhos da presente Sessão. Também, foi registrada a
presença, neste Plenário, do ex-vereador Reginaldo Pujol. Às quinze horas e
nove minutos, a senhora Presidenta declarou encerrados os trabalhos, convocando
os senhores vereadores para a Sessão Ordinária da próxima segunda-feira, à hora regimental. Os trabalhos
foram presididos pelo vereador Haroldo de Souza e pela vereadora Fernanda
Melchionna e secretariados pelo vereador João Carlos Nedel. Do que foi lavrada
a presente Ata, que, após distribuída e aprovada, será assinada pelos senhores
1º Secretário e Presidente.
O SR.
PRESIDENTE (Haroldo de Souza): Passamos às
COMUNICAÇÕES
O Ver. Adeli Sell está com a palavra em
Comunicações.
O SR. ADELI
SELL: Sr.
Presidente, na chegada aqui, a Ver.ª Fernanda Melchionna e eu lembrávamos um
pouco das nossas trajetórias políticas até chegarmos aqui: eu, no PT; ela, no
PSOL; meu camarada e amigo Toni Proença, no PPL. Como foi importante o processo
de luta democrática, Ver. João Dib, no País.
Eu me lembro, num certo dia, de uma mobilização
contra o aumento das passagens dos ônibus na Cidade. O Guilherme Socias
Villela, que estará aqui no ano que vem, era o Prefeito; o Ver. João Dib era o
Secretário de Governo. Nós adentramos na Prefeitura e fomos recebidos no Salão
Nobre. Foi uma peleia muito grande pelo valor da passagem e pelo estado dos
ônibus. Eu lembro essa passagem para dizer que nós temos que continuar ao lado
do povo de Porto Alegre para reivindicar, a cada dia que passa, a cada hora que
passa, um transporte coletivo de qualidade.
É fundamental para o ser humano, Fernanda
Melchionna, poder sair de casa, ter uma parada coberta. Faltam muitas paradas
cobertas em Porto Alegre. Inclusive aqui, na frente da Câmara, há sete anos, a
parada era iluminada, porque havia um projeto de mobiliário urbano em que o
divulgador, o que fazia publicidade pagava o mobiliário. No caso, essa parada
de ônibus tinha luz, iluminação. Hoje o que nós vemos é a falta de paradas
cobertas. O mobiliário urbano não foi reposto. Há uma promessa há um ano de dez
meses – eu participei dessa reunião – de que nós teríamos, em 30 dias, uma
resposta para o mobiliário urbano.
É bem verdade que o BRT está saindo, o ônibus
conhecido, em Curitiba, como “ligeirinho”, aqui é o nosso “rapidinho”, com
paradas que eu espero sejam confortáveis. Eu vi um projeto feito pelo arquiteto
Jorge Debiagi, e, se for aprovado efetivamente e colocado em prática, eu, que
sou um Vereador de oposição, vou aplaudir. O Ver. Toni Proença e eu, em alguns
momentos, mesmo sendo Vereadores fora da base do Governo, Vereadores de
oposição, nós apresentamos um conjunto de propostas aqui que eu acho que o
Governo devia louvar e dar a autoria para a gente.
Falando de coisas da Cidade, fazendo essa
retrospectiva sobre transporte coletivo de passageiros e a necessidade de
termos cumprimento de horários, nós temos que falar também da situação das
praças de Porto Alegre e do lixo espalhado pela Cidade. Ver. Kevin Krieger, V.
Exa., que é da base do Governo, pode nos ajudar, junto com o Ver. Dib, pois são
do mesmo Partido, estão aqui um ao lado do outro: aqui na Perimetral, antes de
chegar naquele postinho de atendimento da Secretaria da Saúde, há um terreno
baldio em que poderia ser feita uma bela praça, mas está numa imundice tal que
é inaceitável! Assim como o espelho d’água ali nos Açorianos, na Ponte de
Pedra, Ver. João Dib, merece uma limpeza! Indo pela Perimetral, em direção à
sua casa, hoje à noite, V. Exa. pode verificar, Ver. João Dib, o lixo está
espalhado. É verdade que o Viaduto dos Açorianos está sendo limpo, lavado. Eu
louvo isso. Agora, o lixo espalhado daqui da Câmara até a Secretaria da Saúde é
inaceitável, como também em outros lugares da Cidade. Eu sempre disse que era
um equívoco colocar contêineres apenas para o lixo de cozinha, e deixar o lixo
separado na forma tradicional, o reciclado, o lixo seco, um recolhimento
ultratradicional que a Administração do PT começou, sei lá, há mais de 20 anos.
Para concluir, eu quero dizer que espero
melhorias em Porto Alegre, porque a Cidade merece, quer mais. É por isso que eu
falo, é por isso que eu digo: mais limpeza e mais organização na Cidade.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Haroldo de Souza): O Ver. Airto Ferronato está com a palavra em
Comunicações. (Pausa.) O Ver. Alceu Brasinha está com a palavra em
Comunicações. (Pausa.) O Ver. José Freitas está com a palavra em Comunicações.
O SR. JOSÉ
FREITAS: Sr.
Presidente, Srs. Vereadores, Sras. Vereadoras; subo a esta tribuna pela
primeira vez depois do pleito do dia 7 de outubro, na verdade, para agradecer
os 6.617 votos de confiança colocados na urna no dia das eleições. Quero dizer
que estarei honrando cada voto depositado nesta pessoa. Quero dar parabéns a
todos os Vereadores, não só aos eleitos, mas aos que não conseguiram chegar à
vitória. A gente sabe que toda eleição é uma caixinha de surpresa. Quando
colocamos o nosso nome à disposição para concorrer, estamos dando a cara a
tapa, porque ouvimos poucas e boas, justamente por haver um desgaste com tantos
escândalos. Muitas pessoas, na verdade, nem querem mais votar. A gente tem que
conversar muito. Eu quero dizer a essas pessoas que depositaram a sua confiança
que nós estaremos honrando cada voto.
Quero aproveitar também para parabenizar todos
os médicos pelo dia de hoje, 18 de outubro, Dia do Médico. Quero deixar um
abraço especial para o Ver. Dr. Thiago e o Ver. Dr. Goulart, Vereadores-médicos
desta Casa. Quero deixar o meu abraço para eles, em especial, e para todos os
médicos; que tenham uma jornada feliz no seu dia a dia, pois é uma profissão
tão árdua. Dr. Goulart, Dr. Thiago, Dr. Mario Manfro - são os três
Vereadores-médicos para os quais eu deixo aqui um abraço especial, carinhoso.
Que Deus abençoe a todos!
(Não revisado pelo orador.)
(A Ver.ª Fernanda Melchionna assume a presidência
dos trabalhos.)
A SRA.
PRESIDENTE (Fernanda Melchionna): Aproveito para registrar a presença do
Ver. Luciano Marcantônio, que está aqui no plenário hoje.
O Ver. Bernardino Vendruscolo está com a palavra
em Comunicações.
O SR.
BERNARDINO VENDRUSCOLO: Sra. Presidente, quero cumprimentar os médicos e
colegas aqui desta Casa e todos os médicos, de um modo geral, pelo seu dia. Um
fraterno cumprimento ao Ver. Dr. Thiago Duarte, ao Ver. Dr. Mario Manfro e ao
Ver. Dr. Goulart. Inicialmente, quero dizer aos colegas que, como sempre tenho
feito ao longo dos anos, distribuí, no Acampamento Farroupilha, um mimo, um
gesto que tenho procurado adotar para cumprimentar aqueles que acampam aqui no
nosso Acampamento Farroupilha. (Mostra boletim do mandato, distribuído no
Acampamento Farroupilha.) Este ano usei o Grêmio Gaúcho. No boletim, há uma
mensagem escrita que diz o seguinte (Lê.): “Um acampamento nos remete às coisas
mais puras da vida, revelações lastreadas em sonhos resgatados na infância de
cada um. Não importa se são fatos ou atos dos quais fizemos parte, ou histórias
ouvidas dos antepassados. O belo é que estamos cultuando e preservando um
legado. Dizem que a esperança é a última que morre e talvez por isso este seja
um tiro de misericórdia, despertando a consciência das autoridades para a
preservação do patrimônio histórico de João Cezimbra Jacques, o patrono do
tradicionalismo. Neste ano de 2012, o Grêmio Gaúcho, considerado um marco da
tradição rio-grandense, fez 114 anos. No local, formado pelos quarteirões das
Av. Carlos Barbosa, Ruas Bispo Laranjeira e Sepé Tiaraju e Av. Niterói, bem
poderia abrigar o nosso Museu do Gaúcho, a sede do IGTF”. Ao completar, meus
colegas Vereadores e pessoas que nos assistem, oito anos de mandato, em todos
eles procurei, nas oportunidades, trazer uma mensagem, fazer um discurso, Ver.
João Antonio Dib, alertando para o Grêmio Gaúcho - 114 anos de história. Com
certeza absoluta, dessa fonte bebeu Paixão Cortes, Barbosa Lessa e todos
aqueles que formaram o grupo dos oito do Colégio Julinho. Não há dúvida de que,
em 1898, João Cezimbra Jacques, preocupado com a ingerência e influência da
cultura estrangeira que adentrava na América do Sul, porque os grêmios não
surgiram só aqui no Rio Grande do Sul, mas em toda a América do Sul, como uma
resistência à cultura estrangeira... Tudo aquilo que nós estamos vivendo hoje
tem raízes lá naquelas ações desde 1890.
Eu vou mostrar novamente (Mostra boletim do
mandato.) Esse foi um trabalho que nós fizemos, mostrando o prédio do Grêmio
Gaúcho, 114 anos de história, ali no quarteirão formado pela Rua Sepé Tiaraju,
Rua Bispo Laranjeira, Av. Dr. Carlos Barbosa e Av. Niterói. O que me chama
atenção é que, em outros momentos, as entidades que preservam, buscam ou têm
intenções de preservar a cultura se movimentaram, fizeram tudo que poderiam
fazer para preservar o patrimônio histórico. O que me chama atenção é que não
vejo ninguém se somar a esta luta. E são 114 anos de história.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Fernanda Melchionna): A Mesa declara empossado o Ver. Luciano Marcantônio, que integrará a Comissão de Defesa do
Consumidor, Direitos Humanos e Segurança Urbana, em função da impossibilidade
de o Suplente Ver. Nereu D'Avila assumir a Vereança. Seja bem-vindo.
O Ver. Luciano Marcantônio está com a palavra em
Comunicações, por cedência de tempo do Ver. Beto Moesch.
O SR. LUCIANO
MARCANTÔNIO: Sra. Presidente, Diretor Luiz Afonso; colegas Vereadores e
Vereadoras; cidadãs e cidadãos de Porto Alegre, é com muito orgulho que volto a
esta digna Câmara de Vereadores, depois de uma campanha eleitoral que nós
conseguimos dividir com os cidadãos de Porto Alegre, principalmente as
comunidades de baixa renda, através de suas lideranças, presidentes de
associações comunitárias, conselheiros e delegados do Orçamento Participativo.
Prestando contas do que foi o nosso trabalho aqui na Câmara de Vereadores e
também na Secretaria Adjunta de Coordenação Política e Governança, conquistamos
uma votação com a qual fiquei muito lisonjeado, muito honrado, de 7.725 votos,
o que me enche de responsabilidade, no momento em que este mandato me foi dado
por pessoas humildes que estão sempre necessitando da presença do Governo,
porque sofrem um processo grande de exclusão. Eu fico feliz porque a construção
dessa minha votação foi consequência de um trabalho de 12 anos, vinculado à
militância no movimento comunitário. Fiz esse trabalho, conquistei espaço nas
comunidades com muita presença, esforço e sinceridade e, depois de conquistado
esse espaço, ele funcionou, ele foi representativo do desejo dessas pessoas que
acreditaram em mim. Essa convergência de interesses acabou construindo este
mandato, que é a serviço, principalmente, das comunidades de baixa renda.
Claro que vamos trabalhar toda a Porto Alegre.
Sabemos da importância das grandes obras acontecerem, sabemos da importância do
desenvolvimento da Cidade, mas sempre com olhar social, sempre tendo um cuidado
especial com aquelas pessoas que estão necessitando cada vez mais do serviço,
da obra do Governo, para que, através de condições básicas, possam, com seu
esforço, conquistar um espaço digno na sociedade. Fico muito honrado mesmo.
Quero agradecer ao Prefeito Fortunati por ter me
convidado para ser o Secretário Adjunto de Coordenação Política e Governança,
em abril de 2010, dando-me oportunidade de trabalhar e conquistar resultados
para as 17 Regiões do Orçamento Participativo da nossa Cidade. Quero agradecer
ao Secretário Busatto, que foi um amigo, um aliado e uma pessoa com quem
aprendi muito nesse período e me permitiu condições de fazer esse trabalho
focado nas necessidades das comunidades de baixa renda. Quero agradecer a meus
colegas Vereadores o apoio, a amizade, o trabalho integrado, pensando acima de
tudo em Porto Alegre, acima dos interesses partidários, acima dos interesses
menores; por isso, durante esse período em que fiquei aqui na Câmara, obtivemos
muitos resultados, através do diálogo com as comunidades, melhorando a vida de
quem mais precisa na nossa Cidade.
Dr. Pedro Ruas, nesses quatro anos, muito me
honra ter sido seu assessor, muito me honra ter aprendido muito com o senhor,
durante a sua passagem na presidência estadual do PDT. Quero honrar, nesses
quatro anos, o trabalhismo de Leonel Brizola, porque foi o Brizola, em 1989,
quando eu estava com 16 anos de idade, que me motivou, que me moveu a fazer
política, honrando a bandeira da Educação. Enquanto não tivermos uma educação
de qualidade para todos, nenhuma missão, de nenhum político, estará sendo
concluída. O Brasil precisa de Educação de qualidade para as comunidades de
baixa renda. Um abraço a todos! Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Fernanda Melchionna): O Ver. Idenir Cecchim está com a palavra
para um Comunicação de Líder.
O SR. IDENIR
CECCHIM:
Sra. Presidente, Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores, esta quinta-feira está
ensolarada, com céu limpo, céu de brigadeiro para todos, menos para o Piratini
e para o Planalto, ou para a Secretaria do Desenvolvimento – que deveria ser
Secretaria do Desenvolvimento - e o Ministério do Desenvolvimento.
É uma coisa impressionante como o Governador
Tarso Genro não tem o controle do Governo. Não tem o controle do Governo! No
DAER, um diretor do PT diz uma coisa, e o Secretário diz outra; na Secretaria
de Segurança, nós estamos vendo uma luta para um sucessor de um Secretário que
ainda está lá e não disse se queria sair ou não.
Agora, essa da Secretaria de Desenvolvimento
culpar o Ministério do Desenvolvimento por causa dos investimentos que não
estão vindo para o Rio Grande é de cabo de esquadro. Todo o Rio Grande, todo o
Brasil sabe por que as empresas não vêm para o Rio Grande do Sul. É ainda
reflexo do Governador Olívio Dutra, que mandou a Ford embora. Os investidores
não esqueceram! O PT, quando o Tarso era candidato, tentou desfazer essa imagem
e mostrar uma imagem de bom moço que garantia os contratos, mas os investidores
não acreditaram no Governador. E olha que eu agora falo de investidor daqui do
Rio Grande do Sul. A Vipal, de Nova Prata, que iria fazer uma fábrica de pneus
aqui em Guaíba, naquele terreno que seria da Ford, não vai mais fazer. Isso foi
culpa do Ministério de Desenvolvimento? Não, foi culpa do Governo do Estado do
Rio Grande do Sul, culpa de um grupo que não tem muita prática. O Secretário
Knijnik é entendido, ele é oriundo do BRDE, mas eu acho que ele não tem suporte
governamental e acaba se desgastando, brigando com um outro, um petista, o
Teixeira, que é um homem que cresceu muito: foi da Secretaria do
Desenvolvimento do Olívio Dutra, depois foi para o Ministério de
Desenvolvimento do Lula e da Presidente Dilma também. Agora, querer achar
desculpa dentro do próprio PT; querer achar desculpa dentro do Governo Federal
pela não vinda de investimento para o Rio Grande do Sul, Ver. Luiz Braz... Isso
eu acho que chega à raia da brincadeira, ou não sei de que chamar isso. Acham
que os gaúchos estão dormindo de touca? Não. Nós andamos de bombacha por opção,
mas de touca nós não estamos dormindo. Não estamos dormindo de touca, não, para
quererem nos empunhar uma coisa que não existe.
O que existe, na realidade, é uma incompetência
do Governador ou do Governo Tarso - não vou personalizar -, uma incompetência
para tratar assuntos econômicos. Não são do ramo. Essa turma não é do ramo!
Eles não sabem tratar, sempre trataram empresários como inimigo, sempre
trataram empresas como se fossem aproveitadoras. Agora, quando dá índice de bom
emprego, aí as empresas são boas. Agora, não me venham culpar um ao outro, um
petista culpando outro petista. Mas não era isso que diziam! Eles diziam que,
se houvesse um Governador do mesmo Partido da Presidente, o Rio Grande ia
explodir em desenvolvimento. A única coisa que fizeram foi ir para a Coreia e
trazer uma fábrica de elevadores. Quando o Governador estava na Coreia, era para
ser de 500 milhões, e agora se viu que é de 30, uma fabriquinha. E é isso que o
Governo fez em todos esses anos. É uma pena. Mas é muita incompetência num
governo só!
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Fernanda Melchionna): O Ver. Engenheiro Comassetto está com a
palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR.
ENGENHEIRO COMASSETTO: Sra. Presidente, meus colegas Vereadores,
Vereadoras, senhoras e senhores que nos assistem, eu quero aqui, em nome da
minha Bancada, trazer os cumprimentos e a homenagem a todos aqueles e aquelas
que, no dia a dia, se dedicam a salvar vidas: os médicos e as médicas deste
País. Cumprimento aqui os colegas Vereadores-médicos e aproveito, neste dia,
para fazer uma reflexão sobre a Saúde em Porto Alegre; Saúde esta que é
apontada por toda a população, Ver. Cecchim, como o principal problema da
cidade de Porto Alegre: a Saúde, ou melhor, a falta de Saúde pública. Esse
problema começou na primeira gestão do Prefeito Fogaça, do PMDB, que fez
campanha dizendo que iria constituir a rede de Saúde da Família, que deixaria
Porto Alegre com 250 equipes da Saúde da Família. Meu querido José Freitas, já
se passaram oito anos, e nós não passamos, hoje, de 120 equipes de Saúde da
Família.
Nesse período, houve o desastroso contrato do Instituto
Sollus, um instituto fantasma no Rio Grande do Sul, contratado pelo então
Prefeito Fogaça e que resultou no desvio de mais de R$ 10 milhões da Saúde de
Porto Alegre. A base desta Casa, inclusive os dois médicos, sempre se negaram a
que fosse investigado. O Ver. Pedro Ruas entrou com um pedido de Comissão
Parlamentar de Inquérito para que pudéssemos apurar essa responsabilidade. No
meio desse caminho, assassinaram nada mais, nada menos do que o Secretário da
Saúde. Eu venho aqui com a autoridade, sim, que temos, pois, quando o então
Secretário Eliseu Santos veio a esta Casa em uma Audiência Pública, Ver. DJ, e
disse que estava sendo ameaçado de morte, eu vim a esta tribuna em nome da
oposição, naquele momento, e disse que todos nós deveríamos, com o Prefeito da
época, pedir proteção ao Secretário. Isso está registrado nos anais desta Casa.
Algumas semanas depois, o então Secretário foi assassinado, fato esse até hoje
não esclarecido. Logo depois, foi rompido com o Instituto Sollus, e, se não
bastasse, no meio do caminho, houve a empresa Reação, com prisões e um conjunto
de outros desvios.
Se não bastasse, toda a decisão do Orçamento
Participativo já construída há mais de cinco anos para construir os postos de
saúde regionais. Volto a dizer aqui: há cinco anos está lá o terreno vazio. Foi
perdida uma emenda parlamentar da então Deputada Maria do Rosário para
construir o posto de saúde da Cohab/Cavalhada. Até hoje não saiu. O dinheiro
para as Unidades de Pronto Atendimento – UPAs – está depositado nos cofres do
Município há mais de quatro anos - dinheiro esse do Governo Federal -, e isso
não é feito. Nos postos de saúde, Ver. João Antonio Dib, que, com sua
experiência, fica nervoso ouvindo a minha fala, a população não pode mais
esperar. Hoje faltam médicos, enfermeiros e medicamentos nos postos de saúde;
hoje as filas são imensas. As pessoas voltam para casa. Portanto, Ver. Cecchim,
enquanto V. Exa. se preocupa com a estratosfera, V. Exa. tinha que se preocupar
e cobrar do seu ex-Prefeito Fogaça para que devolva os R$ 10 milhões que foram
roubados da Saúde de Porto Alegre. No Dia do Médico, temos que fazer essa
reflexão. Um grande abraço e muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Fernanda Melchionna): O Ver. João Antonio Dib está com a
palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. JOÃO
ANTONIO DIB: Sra. Presidente, Srs. Vereadores, meus senhores, minhas
senhoras. Meu caro Ver. Engenheiro Comassetto, eu serei acusado de muitas
coisas, menos de falta de memória. Eu não faço confusões, porque a memória é
boa e até porque eu não falto com a verdade. Eu estou cansado de ouvir - agora
até o seu nome foi trocado - sobre o assassinato do Secretário. Se tiver que
fazer uma vinculação, que a faça, mas não serei eu, e que não seja o Instituto
Sollus, que não tem nada a ver com a história! Seria, talvez, a empresa Reação,
contratada pelo Partido dos Trabalhadores, várias vezes, sem licitação, antes
de vencer uma licitação e ser contratada no Governo Fogaça.
Agora, eu acho que responsabilidade é uma coisa
que se assume e não se transfere. No domingo à noite, eu ouvia, numa rádio,
onde o Ver. Engenheiro Comassetto e seu colega Todeschini vão - mas não estavam
lá -, o jornalista dizendo dos R$ 10 milhões do Instituto Sollus, o que todos
nós sabemos que não é verdade. Todos nós sabemos que não é verdade: foram R$
5.826.000,00. Eu várias vezes expliquei e distribui aqui o que a Prefeitura fez
em oito dias em relação ao acontecido.
Vou repetir: dia 17 de agosto de 2007, foi
formalizado o termo de parceria; dia 12 de março de 2009, a Secretaria de Saúde
identifica a duplicidade de notas; dia 16 de março, a Secretaria de Saúde
determina a suspensão de qualquer pagamento ou repasse ao Instituto Sollus que
não se referisse à folha de pagamento; dia 16 de março, informa ao Ministério
Público Estadual; dia 20 de março de 2009, na mesma semana, há autuação de
Inquérito Policial no 15º Distrito Policial de São Paulo, Capital; dia 22 de
abril de 2009, o Município de Porto Alegre faz representação ao Ministério Público
Estadual; dia 5 de agosto de 2009, ajuíza Ação Civil Pública; dia 13 de agosto
de 2009, o Município ajuíza ação cautelar junto ao Tribunal de Justiça;
setembro de 2009, o Município inicia os procedimentos tendentes à inscrição dos
débitos do Instituto Sollus em dívida ativa; dia 20 de janeiro de 2010, o
Município apresenta, nos autos do processo, da 4ª Seção do Tribunal Regional
Federal da 4ª Região, pedido de acesso ao processo de busca e apreensão
criminal manejado pelo Ministério Público Federal e de acesso aos autos do
Inquérito Policial; dia 5 de outubro de 2010, a expedição de certidão de dívida
ativa dos débitos da OSCIP (R$ 5.826.000,00); outubro de 2010, o ajuizamento da
ação de execução; em 2011, foram localizados e penhorados os bens dos diretores
da Sollus, e o processo está em plena execução; portanto, vamos falar a
verdade, chega de mentir: não foram os R$ 10 milhões, e sim R$ 5.826.000,00. E
o Secretário não foi assassinado como pretendem conspurcar a história da vida
desse homem, dizendo que ele estava envolvido em qualquer coisa aí
equivocadamente.
Se tivermos que culpar alguém, vamos culpar o
Governo Federal. E ninguém me diga o contrário porque está aqui, eu sou um
seguidor da execução orçamentária: 2002 - orçado pelo Município: R$ 333
milhões; recebeu: R$ 308 milhões. Em 2003, quando assumiu o “Dr. Lula”, o
Município orçou R$ 376 milhões; recebeu R$ 251 milhões. E, até 2006, esses R$
308 milhões do Fernando Henrique Cardoso não tinham sido superados pela
Administração do Sr. Lula.
Chegou a quase R$ 300 milhões, em 2006.
Portanto, o prejuízo da Prefeitura, ao longo dos anos, é incalculável; de mais
de R$ 500 milhões, pode-se afirmar tranquilamente, só pela correção da
inflação. E são os mesmos que impediram a aprovação, na forma que foi feita a
Emenda Constitucional nº 29, da regulamentação que destinava 10% da arrecadação
tributária da União para a Saúde do povo brasileiro. Esses são os culpados! Não
venham culpar o Instituto Sollus ou coisa que o valha. Saúde e PAZ!
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Fernanda Melchionna): Passamos à
PAUTA
- DISCUSSÃO PRELIMINAR
(05
oradores/05 minutos/com aparte)
1ª
SESSÃO
PROC.
Nº 1449/12 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 109/12, de autoria do
Ver. Mauro Pinheiro, que
obriga à prestação de contrapartida a entidade privada que vise ao lucro em
suas atividades, em caso de uso de bem público mediante concessão ou permissão.
2ª
SESSÃO
PROC. Nº 2031/12 – PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO Nº 153/12, de autoria do Ver. Paulinho Rubem Berta, que inclui a efeméride Semana da Vila dos
Pescadores no Calendário de Datas Comemorativas e de Conscientização do
Município de Porto Alegre – Lei nº 10.904, de 31 de maio de 2010, e alterações
posteriores –, de 24 a 30 de junho.
PROC. Nº 2157/12 – PROJETO DE LEI DO
EXECUTIVO Nº 039/12, que
declara de utilidade pública a Instituição de Educação, Cultura e Esporte Maria
de Nazaré (IEIMAN).
PROC. Nº 1967/12 – PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO Nº 148/12, de autoria do Ver. Nelcir Tessaro, que concede o título de Cidadão de Porto
Alegre ao senhor Giovanni Luigi Calvário.
PROC. Nº 2206/12 – PROJETO DE LEI DO
EXECUTIVO Nº 040/12, que
desafeta e autoriza a alienação, a Lia Hamann Beier, de imóvel próprio
municipal localizado na Rua Dom Pedro II nº 968.
A SRA. PRESIDENTE
(Fernanda Melchionna): O Ver. Paulinho Rubem Berta está com a palavra
para discutir a Pauta.
O SR. PAULINHO
RUBEM BERTA:
Sra. Presidente, Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores, a Vila dos Pescadores, na
Av. Guaíba, que tem, em média, 300 famílias, é um caminho turístico de Porto
Alegre que precisa ser ampliado, precisa ser apoiado, para que ali também haja
a possibilidade de aquela comunidade ter uma semana para comemorar: primeiro, o
aniversário da Vila dos Pescadores que, há 70 anos, está instalada ali. Também
para que gere renda, emprego e seja um polo atrativo para turismo na cidade de
Porto Alegre.
Muito tem-se falado e vai se falar muito sobre a
Copa do Mundo de 2014. A Copa do Mundo tem que ser um evento na cidade de Porto
Alegre que produza emprego, renda, deixe um legado para a Cidade, que se
aproveite isso em favor da cidade de Porto Alegre. É o que nós temos tentado
defender, há muito tempo, mas para isso precisa que o nosso Governo invista e
nos ajude a implantar a Semana da Vila dos Pescadores na Av. Guaíba, mas não é
só isso, temos que levar para lá eventos que atraiam no futuro, principalmente
agora que vem a Copa do Mundo, sendo que um deles será a Semana da Vila dos
Pescadores, beneficiando não só as 300 famílias, mas beneficiando a Cidade em
seu todo. Lá moram, costeando o nosso lago Guaíba, essas famílias todas, e
agora há um Projeto maravilhoso lá, conquistado pela Associação de Moradores,
para pintar, Ver. João Antonio Dib, cada casa de uma cor diferente, atraindo as
pessoas para lá. Eu espero que esse Projeto seja aprovado por todos os
Vereadores, instituindo a Semana da Vila dos Pescadores, e que nós possamos
fazer isso, gerando renda, porque há muitas pessoas que precisam de ocupação
naquela área da Cidade.
Então, eu venho aqui para discutir essa questão,
pedir o apoio dos meus colegas Vereadores e Vereadoras e o apoio de todos para
que nós possamos aprovar esse Projeto que só trará benefícios à Cidade, a quem
reside ali, sendo mais uma atração destinada a fortalecer o movimento turístico
em nossa Cidade. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Fernanda Melchionna): O Ver. Engenheiro Comassetto está com a
palavra para uma Comunicação de Líder, pela oposição.
O SR.
ENGENHEIRO COMASSETTO: Sra. Presidenta, eu tenho dito, em todos os
debates que falo aqui, Ver. Pedro Ruas - meu colega Marcantônio, quero
cumprimentá-lo pela votação -, que sentirei saudades, sim, do Ver. João Antonio
Dib, porque ele vem para o debate. E o Ver. João Antonio Dib sabe que eu o
respeito e jamais o chamei de mentiroso. Quero dizer que podemos ter
divergências nos números, mas a oposição, nesta Casa, foi para a tribuna,
quando existia a possibilidade de contratar o Instituto Sollus, e avisou que o
Instituto Sollus era uma furada para a cidade de Porto Alegre, para o Rio
Grande do Sul e para o Brasil, porque por todas as cidades por onde passou...
Ver. Dr. Goulart, quero cumprimentá-lo, porque fiz uma fala aqui em nome do meu
Partido, o Partido dos Trabalhadores, e agora em nome da oposição, cumprimentando
os médicos - o senhor e o Dr. Thiago são médicos. Também estou fazendo uma
reflexão sobre a Saúde de Porto Alegre, que é disparado o principal problema
que nós temos.
Aqui não é mais um debate de disputa política; o
Fortunati venceu o debate de disputa política. Há também todas aquelas imagens
da Saúde com qualidade que ele conseguiu vender, mas nós temos que ir agora
para a realidade, ir para os números que é bem diferente do que politicamente
vencer. Está bem, venceu na política. Agora dizer que não houve o desvio de R$
10 milhões dos cofres públicos municipais, que o meu querido Ver. João Antonio
Dib assume que houve. Ele diverge dos números, dizendo que são R$ 5 milhões,
mas aí é uma divergência que temos. Nós temos segurança de que são R$ 10 milhões.
Pedimos uma CPI; inclusive o autor foi o Ver. Pedro Ruas. Todos sabem a manobra
que foi feita nesta Casa para que não se instalasse. Hoje, que é o Dia dos
Médicos, faltam profissionais de saúde na cidade de Porto Alegre. Eu disse que,
em 2004, quando José Alberto Fogaça venceu as eleições, ele anunciou que
deixaria Porto Alegre, em 2008, com 250 Equipes de Saúde da Família. Nós já
estamos em 2012, e hoje não passam de 120 Equipes de Saúde da Família. Ver.
João Antonio Dib, existe uma diferença em contratar uma entidade dentro da Lei
de Licitações sem um processo licitatório por carta-convite e haver um desvio
sem apuração. É isso que estamos dizendo. Quando falei antes que esse período
da Saúde foi um caos, inclusive com a morte do ex-Secretário Eliseu Santos, com
todo respeito que eu tenho à sua pessoa, à sua família e à sua memória, eu
quero repetir aqui: se houve alguém, nesta Casa - e os Anais não mentem -, que
veio a esta tribuna e pediu proteção à pessoa do então Secretário, foi este
Vereador, porque ele aqui disse que tinha sido ameaçado por um motoqueiro lá na
região do Partenon, uns 15 dias antes de ter sido assassinado, e nenhuma
providência foi tomada.
Portanto, a Saúde em Porto Alegre, hoje...Hoje
que é o Dia dos Médicos... E aí obviamente que os médicos não atuam sozinhos,
há toda a categoria dos profissionais da Saúde: os instrumentistas, os
enfermeiros, os auxiliares de enfermeiros, radiologistas e outros, merecem,
sim, o nosso respeito. Nós precisamos enfrentar o debate da Saúde, respeitando
o que a população diz, ou seja, o principal problema de Porto Alegre na
atualidade é a falta de Saúde pública. Aí é óbvio que não se trata do Município
isolado, mas o Município é o gestor, e o gestor é o responsável pela
coordenação, o gestor é responsável pela montagem das políticas, ou nós vamos
continuar devolvendo o dinheiro do Governo Federal para reestruturar o HPS,
como foi feito? Isso não podemos fazer. Ou vamos deixar o dinheiro para
construir as UPAs empilhado, parado na Caixa Econômica Federal sem que saiam as
três UPAs na Cidade, que já estão há três anos! É isso que temos que debater,
Ver. João Antonio Dib. Um grande abraço. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Fernanda Melchionna): O Ver. João Antonio Dib está com a
palavra para uma Comunicação de Líder, pelo Governo.
O SR. JOÃO
ANTONIO DIB:
Sra. Presidente, Srs. Vereadores, meus senhores e minhas senhoras, em primeiro
lugar, eu vou pedir escusas ao nobre Ver. Engenheiro Comassetto, porque eu
jamais uso a palavra “mentir”, e hoje eu fiz isso, até porque eu acho que
mentir é a coisa mais tola que um político faz. Na verdade, eu deveria ter dito
“negar a verdade”, inclusive solicito
à Taquigrafia que corrija o verbo “mentir” por “negar a verdade”.
Agora, eu sou um Vereador que fala com muita
simplicidade. Quando eu digo que o culpado dos problemas é o Governo Federal,
eu não estou negando a verdade: eu estou falando a verdade. Quando o Sr.
Presidente Luiz Inácio Lula da Silva assumiu a presidência da República, eu já
fazia o acompanhamento da execução orçamentária. Então, nos quatro primeiros
anos... Eu tenho mês a mês, não inventei números! E, se eu considerar apenas a
inflação, no ano passado a Prefeitura recebeu R$ 470 milhões, mas deveria ter
recebido R$ 579 milhões. Agora, imagina ano a ano. Se R$ 251 milhões é maior
que R$ 308 milhões, eu não sei em que lugar essa geografia, essa aritmética
acontece.
Mas, por outro lado, eu quero de novo dizer: a
nossa discordância é com relação aos R$ 10 milhões ou aos R$ 5.826.000,00. Os
R$ 10 milhões estão afirmados aqui, não só pelo Ver. Comassetto, mas por muita
gente, mas, na verdade, ninguém provou que eram R$ 10 milhões. Agora, o
Executivo, quando levantou o problema, quando identificou o problema e buscou a
solução, viu R$ 5.826.000,00; os movimentos que precisavam acontecer
aconteceram, os bens estão penhorados, e, evidentemente, vai ser cobrado com
juros e correção monetária. Sobre isso não há dúvida nenhuma, a Justiça vai
decretar isso. Então, eu acho que está resolvido o problema.
Agora, vamos falar da figura do Secretário de
Saúde, que realmente veio a esta Casa e disse que estava sendo ameaçado. Ele
disse. Eu também estava aqui. Eu não disse que não aconteceu isso. Agora, a
vinculação que se fez na Polícia, depois do acontecimento, foi com a Reação,
sendo que a Prefeitura do Sr. Fogaça já havia cancelado o contrato, que foi por
uma licitação. Agora, o PT fazia por carta contrato, sem licitação, sem nada,
aí valia, aí a Reação era boa! Agora, quando a atual Prefeitura cancelou o
contrato com a Reação; bom, aí não precisa falar, é da obrigação do Prefeito,
como foi obrigação da Prefeitura identificar a duplicidade de notas. E a
Prefeitura fez! Agora, nós usarmos isso sabendo que não é bem o que está sendo
dito, que não corresponde à verdade, eu acho que fica realmente muito
desagradável, e, de repente, permite que o Ver. João Dib use o verbo que
normalmente ele não usa. Porque mentir - e eu aprendi numa lição de catecismo -
é falar contra o que se pensa para enganar. Eu acho que não estava acontecendo
isso. Então, dificilmente eu uso o verbo mentir, porque eu acho que a maior
tolice que se faz, principalmente o homem público, é mentir. Hoje eu falo para
dez Vereadores que estão aqui; amanhã, eu vou a um outro lugar, não vejo um dos
dez Vereadores, que está no meio de uma outra quantidade de pessoas, e eu falo
diferente. Então, eu sou um tolo, porque mentir é burrice e eu não faço isso.
Então, quando eu insisto com os números - e eu tenho a execução orçamentária
mês a mês -, eu não estou dizendo nada mais do que a verdade. Saúde e PAZ!
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Fernanda Melchionna): Registramos a presença do Ver. Reginaldo
Pujol.
O Ver. Engenheiro Comassetto está com a palavra
para discutir a Pauta. (Pausa.) (Desiste.)
Encerrada a discussão da Pauta.
Devido ao acordo entre os Vereadores inscritos
em Grande Expediente para se manifestarem na próxima segunda-feira, estão
encerrados os trabalhos da presente Sessão.
(Encerra-se a Sessão às 15h9min.)
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